Um dia passando pelas calçadas da minha rua ( não como de costume ), eu vejo do canto dobrando a esquina, um filhote e uma cadela, embolorados no papelão quase molhado e fino, tinha acabado de chover, encolhidos com frio, tristes e sozinhos. Ainda recém nascido, dava dó de ver, quem largaria aquelas duas criaturas naquele lugar ? Eu sei a resposta e você também sabe, mas será que se pode chamar de ser humano alguém tão sem coração assim ? Puxa, eu vejo todos os dias o mundo se acabando, pessoas morrendo, lugares sumindo em enchentes e coisas do tipo, mas alguém se importa se um animalzinho morrer ? Quase ninguém consegue ver isso, mas são vidas, não são pessoas mas possuem vidas também, pra mim a importância também. Eu fiquei tão comovida vendo aquela cadelinha tão fraca com seu filhote recém nascido e tão frágil, que a única coisa que vem na minha cabeça é levá-los pra casa, e foi o que fiz, não liguei pelas reclamações dos meus pais (em casa tem muito animais já) mas sempre tem espaço pra mais um, eu amo muito cuidar de animais, deixei eles numa casinha do quintal, bem confortante pra os dois, que bom que ela não era brava, sabe como é extinto maternal de animais, não é ?. Bom, aquelas duas criaturinhas estão lá, agradecidas pelo conforto e carinho que estão recebendo, e eu mais ainda por tê-los em minha casa. Fiquei tão grata ao ver aquele sorriso daquela cadelinha, parece até engraçado, E desde quando cachorro sorri ? , Claro que sorri, eu presenciei um sorriso .
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