segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pedaços escritos

- Então vamos dar uma volta, ver o cais?
- Vamos.

Vou entender a hora que você deve partir, afinal é assim que deve ser a história, não é ?  Eu não te culpo por sair da cena sem nenhum '' CORTA'', não te culpo pelo meu silêncio quando eu estou caminhando pela areia, me questionando : o que você quer de mim, afinal ?

E já deve ser exatamente 18:15, nem demorou tanto a nossa caminhada, teu sorriso foi algo que me perturbou no momento, ele dizia algo que você não demonstrava antes. Enfim, deve ser alguma maneira pra tentar me convencer que nossos passos curtos tem um bom motivo para continuar nossa longa jornada, juntos e sem nenhuma certeza.
E você é tão complicada quando está comigo, contorna as situações tensas quando eu tento me aproximar. E lá são suas indecisões, a sua mania : coloca-me em seus sonhos e tira-me da realidade, é injusto, você sabe disso ... Mas eu, respiro e fecho os olhos, coloco na sua frente um olhar que diz tudo, mas que você não consegue distinguir o tudo da metade, lá vai você e seu tempo, e aqui estou eu com os meus sentimentos.

Então você para e olha o mar, tão silenciada, entorpecida no paraíso tranquilo, e eu feito bobo admirando como você é, enumerando os motivos pelos quais gosto de você, a ponto de colocar meus planos em segundo, pra atender teu querer, pra te ter pelo menos na incerteza ...



 E é isso, eu confesso que as folhas que eu guardo na gaveta são proibidas para teus olhos, eu não deixo você chegar perto do criado mudo por que é lá que desabafo, me mosto, me dou colo. Desculpa, eu não vou permitir, metade de mim já foi caminhando por tantos lugares contigo, e a outra anda guardada tentando se calar, não quer ser vista, não quer demonstrar.  Minha alma mostra, meu corpo mostra, tudo meu mostra, seus olhos não .

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