sexta-feira, 23 de março de 2012

Assim que levo.

Moro sozinha, não tenho intenção de casar, eu já tive relacionamentos conturbados e alguns bem sucedidos, mas nunca quis me comprometer, não quero acordar e ver todos os dias que eu me prendi à alguém, eu realmente tenho medo.
Algumas semanas minha mãe me ligou, disse que estava preocupada, acha que preciso constituir uma família como quase todo mundo faz, ela quer ser avó também, e ficaria feliz se fosse uma menina e que se chamasse Clara, mas como de costume eu falo : Não quero me casar mãe, você sabe disso, eu estou bem, sozinha ...
Nos finais de semana, me distraio à noite, saio com alguns amigos, pra amenizar o cansaço e me divertir um pouco, eu sou feliz com a vida que levo, fiz alguns sonhos meus virarem realidade, está dando certo .. Eu saio com o Fred já faz algum tempo, eu o conheci na faculdade, ele é um cara que todas as mulheres sonhariam em casar, mas eu só de pensar nessa palavra, fico em defesa, eu me afasto, temos um relacionamento quase fixo, ele compreende o meu querer de não colocar uma aliança na mão direita e nem na esquerda, deve ser por isso que ainda estamos dando certo, rsrs .. 
Fred é um homem de valor, sério, um ótimo advogado, que não dou liberdade pra dormir no meu apartamento e se acostumar com a ideia de estar ali comigo o tempo todo. 
Ele tem esperanças que eu mude de ideia, mas eu mantenho firme e forte. E pelo modo que levo a vida com Fred, é incrível como as pessoas ainda não começaram a me julgar.
Sou uma paisagista, que de vez em quando escreve crônicas para um dos jornais populares da cidade. E sei que pode ser confuso pra entender, mas sou libriana, e bom... Librianas sonham com amor eterno, casar e ter filhos, mas eu não. Não foi pelas desilusões que tive mas eu já fui uma libriana pura, sensível , apaixonada, amorosa ao extremo e com lágrimas a cada lembrança de mágoa. Eu tenho ainda boas recordações de um amor marcante, histórias engraçadas, enroladas, confusas, curtas, longas e loucas.
Mas hoje dei lugar ao suficiente, algo que não deixe expectativa, sem deixar marcas e nada mais do que o necessário, dar o outro o suficiente sem mais e nem menos.

Assim que levo ...

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