segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Caminhava enquanto comia  um pedaço de chocolate e pensava o quão era doce ao derretê-lo na boca com sua própria saliva, ela pensava que já fora assim, mas alguns acasos da vida, a transformaram como o fel, de tão amargo.
É que alguns dias, ela havia mudado, mudado a  rotina, as músicas que ouvia, a decoração do apartamento, mudou até o número de contato.  
Outro perfil no mesmo corpo e na mesma identidade, mas ainda era o mesmo coração, este não oscilava pra doce ou amargo ainda era instável, tentava enganar estranhos e surpreender conhecidos, por meio do tom da voz, do salto que havia em seus pés, até da cor do cabelo. Apenas uma máscara que havia se encaixado perfeitamente, por enquanto. 
Porque suas forças e seus jogos davam certo enquanto não ouvia aquela voz, aquele olhar e aquelas frases curtas em um diálogo de indiretas. Seu ponto fraco, era aquele projeto de lembranças conturbadas, de sorrisos marcantes. O seu chão era apenas sua farsa mas quando voltava a flutuar, era seu desespero de emoções que surgiam em meio ao seu coração que dizia se calar.

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