Grande noite teremos. Avenida 13. Final de tarde. Chove, estes últimos encontros tão mais frequentes nos empolgam, isso parece ser bom, é poético e sujo. Só vem. Não há nada tão excitante quanto ao que estamos vivendo. Eu te chamo, você vem. Você me chama, eu vou. Eu estou aqui e você também. É por isso que dá certo, não há outra coisa que nos prenda, não há ninguém que possa nos impor regras de como as relações podem ser, não nos importamos. Não nos cansamos. A gente vive o que tiver pra viver hoje, amanhã e depois, nunca pensar no depois. É aqui, agora, nós dois. Ninguém aqui esconde querer, é um prazer estar ao seu lado, ouvindo Frank Sinatra ou Buarque, perceber que dentro dos teus olhos, eu me sinto completamente despida, você não tem medo, eu não sinto nada tão grande quanto coragem. É por isso que dá certo. Você e eu fazemos acontecer. A roupa amassada, os lençóis jogados no chão, os beijos quentes. O teu nome chamando, meus olhos fixos aos seus, nossa respiração ofegante, elogios indecentes, últimos suspiros acompanhados de sorrisos. Íntimos da noite, vício. Que grande noite tivemos.
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