sábado, 30 de janeiro de 2016

Fisgagem

Nas noites das terças ou das quintas era sorte ou azar. 
Nós dois. 
Três horas ou quatro,
por que iríamos contar? 
O relógio era o nosso pior inimigo na ida 
o melhor quando apontava o momento da vinda.

O mar, 
a calma,
o silêncio, 
os sorrisos,
as avenidas, 
os becos,
a chuva. 

Seu calor,
meu amor. 
Meu fogo,
seu sufoco

Nossas almas, 
entrelaçadas.
Os arfares,
os sussurros, 
os jeitos,
os nossos momentos.

Um infinito dentro de pouco espaço,
no carro, 
no banheiro,
na cama,
no chão. 
Um rádio ligado, 
os risos, 
os abraços.

Uma hora de birra,
outra hora de amor.
Madrugadas de insonia. 
Manhãs de torpor.
Tarde de ansiedade, 
Noite de insanidade. 
Você é odeon
Eu sou néon.

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