As nuvens cinzas tomaram conta da tarde, o frio já tomava conta do seu corpo e agora, até dos seus pensamentos, talvez o cobertor que proporcionava tão aconchego já não tenha tanta eficiência assim, não agora. A luz do quarto ainda desligada e na janela embaçada se vê evidentemente que lá fora a chuva cai agressivamente, açoitando o vidro. E o som que se faz é tão nítido quanto a cor do céu no momento.
No canto da cama, na forma de uma concha, lá estava ... Já não tinha outro som naquele quarto, a chuva sapateava no telhado, fechava os olhos no instante em que a mente recheada de memórias recentes se colocava em desordem, os delírios eram inevitáveis ...

Mas era tão confuso pensar se era preciso lembrar, não fazia tanto sentido comparar se foi bom ou ruim, não era uma ânsia que o coração alertava, era mais a teimosia ali, já não sentia mais o choro surgir, era algo que persistia em sua mente, as lembranças a tomava como ondas, em um vai e vem, flashes, sorrisos em preto e branco, talvez o Seja Bem Vindo e o Adeus em algum ponto da cidade que não deveria dar endereço, algo desnecessário, mas estava ali, sendo aquecida por estas memórias frias e refrescadas .
Então a chuva cessou, horas depois, levantou-se e viu que o céu não era tão cinza e que o blues não era tão triste assim, seguiu ao banho e após alguns minutos, encontrou no chocolate quente, planos para uma noite melhor, a cidade possuía luz e seus olhos precisavam ver o quanto brilhava as ruas, as letras de néon. E foi ... Refazer os planos da tarde cinza que a impediu.
Caramba! Ficou muito massa! bjo
ResponderExcluirNão poderia expressar em melhores palavras, todos os sentimentos que uma significativa tarde chuvosa pode trazer... Meus parabéns, pela delicadeza como escreve as palavras em seu post...
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